Sossegai! Deus é Todo-poderoso!
“Creio em Deus Pai, Todo-poderoso, Criador do Céu e da terra.” Essa é
primeira frase do famoso Credo Apostólico, documento de fé que une toda a Cristandade
desde o séc. I A.D.. É uma declaração de fé quanto à existência e atributos de
Deus, o Pai. Deus é Todo-poderoso! Isso deve fazer sentido para todos aqueles
que creem em Deus. Este é o propósito desta nova série que
iniciamos hoje, conectar as antigas (e atuais!) doutrinas da graça à vida
prática. Pensar nas implicações à fé e ao modo de agir e reagir que a teologia
produz na vida cristã.
Importante dizer
que teologia é o estudo acerca da revelação de Deus. Este estudo não pode ser
estéril, teórico e distante da prática. Pelo contrário, o conhecimento acerca
de Deus e da sua vontade devem invadir o coração e a mente dos crentes e ser a
grande mola propulsora que comanda toda a vida. Piedade é a
marca de um coração que se rende aos pés do Senhor, que molda sua vida segundo
a vontade santa de Deus. Portanto, teologia é vida também! Impossível ter um
relacionamento com Cristo Jesus sem o conhecimento acerca dele (Jo 17:3). Este
conhecimento gera piedade, devoção e submissão ao Senhor.
Mas, voltemos ao assunto de hoje. Deus é Todo-poderoso! Isso é um fato!
Um dogma! Uma afirmação claramente bíblica. Temos dezenas de textos bíblicos
que atestam quanto a isso! Vejamos alguns destes textos:
- Sl 62:11 (NVI): “Uma vez Deus falou, duas vezes eu ouvi, que o
poder pertence a Deus.” Começo com este verso, onde o salmista declara
que o poder pertence a Deus. Deus não apenas tem todo poder,
Ele é poderoso! O poder pertence à essência da natureza
divina. É um dos seus atributos exclusivos, incomunicáveis aos homens. Toda a
criação é limitada e finita. Somos dependentes. Deus é o Criador, Onipotente e
autossuficiente!
- Jó 23:13 (NVI): “Mas ele é ele! Quem poderá fazer-lhe
oposição? Ele faz o que quer.” A Escritura nos mostra que Deus não
apenas é Onipotente, mas executa todas as coisas segundo a sua vontade soberana
e perfeita. Ele deseja, decreta e realiza! Esta sequência é apenas didática,
para compreendermos, pois, para Deus tudo é simultâneo. Ele age segundo sua
vontade! Ele pode tudo o que deseja! Não há impossíveis para Deus. (Veja: Mt
19:26; Sl 115:3; 135:6; Is 46:10; Ef 1:11).
- Dn 4:34-35 (NVI): “Ao fim daquele período, eu, Nabucodonosor,
levantei os olhos ao céu, e percebi que o meu entendimento tinha
voltado. Então louvei o Altíssimo; honrei e glorifiquei aquele que vive
para sempre. O seu domínio é um domínio eterno; o seu reino dura de
geração em geração. Todos os povos da terra são como nada diante dele. Ele age
como lhe agrada com os exércitos dos céus e com os habitantes da terra. Ninguém
é capaz de resistir à sua mão nem de dizer-lhe: ‘O que fizeste?’”. Este
é um dos textos mais impressionantes que revela a perfeição e soberania do
Poder de Deus. O Rei Nabucodonosor chega à conclusão que Deus é o Soberano, o
Altíssimo, que o Senhor é maior do que a sua criação, que domina sobre tudo e
todos. E declara que o Rei dos reis, o Eterno, é digno de toda glória! Este
Deus glorioso age segundo sua Vontade soberana e perfeita! Ninguém é capaz de
se opor a poder de Deus!
Pois bem, diante destes textos – muitos outros poderiam ser citados aqui
– qual a postura ideal do nosso coração? Pretendo levar você à reflexão prática
da nossa devoção a Deus diante da sua Onipotência. Trago algumas implicações:
a) Humildade diante de Deus – A conduta do coração que crê na proposição destes textos é humildade. Isto é, reconhecer a grandeza do Deus da Escritura, sua Imensidão, Poder, Soberania e Independência. Ao mesmo tempo, esta compreensão deve nos conduzir ao sentimento de pequenez, limitação e impotência diante dele. Ele é o criador, somos criaturas. Opor-se a Deus nunca é o melhor caminho. Questioná-lo, reprová-lo, também não! Humildade é o reconhecimento que Deus é Superior a nós. Ele é Deus!
b) Dependência total de Deus – A humildade
necessária diante do Eterno deve nos conduzir naturalmente à rendição a Ele. O
pecado nos leva no sentido contrário, à oposição e independência de Deus. Isso
não é bom. O crente é aquele que reconhece que depende em tudo da vontade e
condução de Deus em sua vida. Como bebês que sossegam nos braços da sua mãe,
esta é a característica bíblica de dependência total de Deus: “Senhor,
o meu coração não é orgulhoso e os meus olhos não são arrogantes. Não me
envolvo com coisas grandiosas nem maravilhosas demais para mim. De fato,
acalmei e tranquilizei a minha alma. Sou como uma criança recém-amamentada por
sua mãe; a minha alma é como essa criança. Ponha a sua esperança no Senhor, ó
Israel, desde agora e para sempre!” (Sl 131:1-3 NVI). Renda-se ao
Poder de Deus!
c) Louvor a Deus – Louvar é elogiar e engrandecer a Deus pelas
suas qualidades (atributos) e pelas suas obras perfeitas. Isto é, adorar ao
Senhor pelo o que ele é e o que faz. Uma vida de louvor a Deus implica em
humildade e dependência. O que eu quero dizer, é que louvar a Deus não se
limita apenas aos momentos em que cantamos hinos e cânticos no
culto a Deus no templo. É mais do que isso. Louvar a Deus envolve o modo como
vivo diante dele, como expresso a minha fé e como ajo e reajo no dia-a-dia. A
ética deve ser comandada pela teologia. A piedade da vida cristã é determinada pela
nossa fé na Escritura. Portanto, uma vida que agrada a Deus é louvor a Ele.
Tudo é dele, por ele e por meio dele.
O que devemos ao Senhor? Toda a glória exclusiva ao seu Nome: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! ‘Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?’ ‘Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?’ Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11:33-36). Viver para a glória de Deus, este é o ideal de todo crente! (Veja: Ap 4:11; 5:13; 7:12) Em especial: “e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: ‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos’.” (Ap 15:3,4 NVI)
O que devemos ao Senhor? Toda a glória exclusiva ao seu Nome: “Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos, e inescrutáveis os seus caminhos! ‘Quem conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi seu conselheiro?’ ‘Quem primeiro lhe deu, para que ele o recompense?’ Pois dele, por ele e para ele são todas as coisas. A ele seja a glória para sempre! Amém.” (Rm 11:33-36). Viver para a glória de Deus, este é o ideal de todo crente! (Veja: Ap 4:11; 5:13; 7:12) Em especial: “e cantavam o cântico de Moisés, servo de Deus, e o cântico do Cordeiro: ‘Grandes e maravilhosas são as tuas obras, Senhor Deus todo-poderoso. Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó Rei das nações. Quem não te temerá, ó Senhor? Quem não glorificará o teu nome? Pois tu somente és santo. Todas as nações virão à tua presença e te adorarão, pois os teus atos de justiça se tornaram manifestos’.” (Ap 15:3,4 NVI)
Desta maneira, crer no Deus Todo-poderoso deve nos conduzir num
relacionamento pleno diante dele. Encerro este post com um
hino muito bonito intitulado “Sossegai”, referente à passagem bíblica em Mc
4:35-41. Que a nossa alma sossegue diante do soberano e
perfeito Poder de Deus em nossa vida:
Mestre, o mar se revolta
E as ondas nos dão pavor!
O céu se reveste de trevas,
Não temos um Salvador!
Não se te dá que morramos?
Podes assim dormir?
Se a cada momento nos vemos
Já prestes a submergir?
“As ondas atendem ao meu mandar:
[Mulheres] Sossegai!
[Homens] Sossegai! Sossegai!
Seja o encapelado mar,
A ira dos homens o gênio do mal;
Tais águas não podem a nau tragar,
Que leva o Senhor, Rei dos céus e mar!
Pois todos ouvem o meu mandar:
Sossegai! Sossegai!
Convosco estou para vos salvar;
Sossegai!”
Mestre, tão grande tristeza
Me quer hoje consumir!
Na dor que perturba minha alma
Te imploro: “Vem me acudir!”
De ondas do mal que me encobrem,
Quem me virá valer?
Não tardes, não tardes, bom Mestre,
Estou quase a perecer!
Mestre chegou a bonança;
Em paz vejo o céu e o mar!
O meu coração goza calma
Que não poderá findar.
Firme, ao teu lado, ó Mestre,
Dono da terra e céu,
Eu hei de chegar, bem seguro,
Ao porto, destino meu.
(Hino nº 254 - Hinário Novo Cântico)
Rev. Marlon de Oliveira
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