Série: Alicerces da Verdadeira Fé (1)


Igreja reformada sempre se reformando

Iniciamos hoje uma nova série de posts alusivos ao 500º aniversário da Reforma Protestante. Nesta série vamos tratar de temas doutrinários fundamentais para a nossa maturidade da nossa fé, sempre visando aplicar isso ao nosso cotidiano. Apresentar uma doutrina para a vida prática é o nosso objetivo.
No próximo dia 31 de outubro celebraremos os 500 anos da Reforma Protestante, movimento no séc. XVI, que libertou a Igreja Cristã das mazelas e heresias romanas. Há 500 atrás, o reformador Martinho Lutero fixou 95 teses na catedral da cidade de Wittemberg na Alemanha, contra os abusos doutrinários, políticos e sociais da Igreja Católica Romana. Este ato de coragem marcou o início de uma nova era, impulsionando a Reforma Protestante na Igreja Cristã. Outros, como João Calvino, na cidade de Genebra, na Suíça, ajudaram a alavancar a Reforma Protestante, espalhando-a por todo o mundo.

Um dos lemas mais conhecidos da Reforma foi “Ecclesia Reformata et Semper Reformanda Est” (Igreja Reformada sempre se reformando). Esta expressão nas Igrejas reformadas (históricas), é muito confundida quanto ao seu verdadeiro sentido. Vejamos melhor esta questão e qual o seu verdadeiro significado e implicações para nós hoje.

Esta expressão não significa que a igreja deva se “reformar” todos os dias, no que diz respeito a se renovar, mudar, obter algo novo, algo que não tenha. A Igreja não deve se moldar aos valores mundanos. Inovações são perigosas e, quase sempre, danosas. De modo nenhum foi esta a intenção dos reformadores, e nem foi o ensino do próprio Cristo. A Igreja Cristã deve fugir do pragmatismo, utilitarismo, mundanismo e outros “ismos” que podem corroer o verdadeiro propósito da Igreja de Jesus.

Este lema deve ser corretamente compreendido. Os reformadores quiseram recuperar valores, ensinos e verdades esquecidos pela própria Igreja ao longo dos anos, como por exemplo, a salvação e justificação pela exclusiva graça de Deus. Reformar-se sempre, como pensaram os reformadores, nada mais é do que um retorno constante à Escritura Sagrada. Uma vez que a tendência natural da Igreja composta por pecadores é deformar-se, reformar-se sempre é absolutamente necessário. Os fundamentos da fé em Cristo devem ser sempre lembrados e reiterados.

Hoje, devemos buscar uma reforma em nossas igrejas? Creio que sim. Todavia, isto não significa que iremos introduzir princípios novos e modernos em nossas igrejas, “reformando” o seu perfil e sua história, mas, se preciso for retornar aos princípios, valores, verdades hoje esquecidas. E estes princípios nós encontraremos na Palavra do Senhor, a regra de fé e prática de todo cristão.

Portanto, o verdadeiro sentido da reforma é sempre um retorno às Sagradas Escrituras. A vontade de Deus revelada é o trilho seguro por onde a Igreja do Senhor deve sempre caminhar. Toda vez que se desviar deste caminho, uma reforma, um retorno, é indicado. Retornemos, sempre que preciso for, à Palavra de Deus. Leia: 2Timóteo 3:14-17
Próximo semana, vamos tratar sobre a importância, autoridade e suficiência da Escritura Sagrada para a vida cristã – Sola Scriptura. Não perca.

Por: Pastor Marlon de Oliveira  

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